Você já deve ter sentido aquele mal estar depois de um prato caprichado de comida, não é mesmo?
Mas e se esse incômodo começa a se repetir prejudicando a sua qualidade de vida e o seus hábitos? Mesmo quando você mantém uma alimentação saudável sem exageros! Como tratar e até prevenir distúrbios gástricos que causam dores, muitas das vezes, insuportável na barriga?
O uso de plantas com fins medicinais, seja para tratamento, cura e/ou prevenção de doenças, é particularmente empregada quando o objetivo do seu uso se constitui em tratar os mais variados distúrbios digestivos – gastrite, dispepsia, azia, mal-estar gástrico, úlcera, diarreia, constipação, cólicas intestinais, patologias hepáticas e biliares, dentre outras. Veja bem, já estamos falando de casos em que um pequeno incômodo pode se tornar uma doença grave!
Vamos direto ao ponto trazendo neste post algumas sugestões de medicamentos naturais que se tornam a solução para os casos que eu citei acima.
Espinheira-santa, já ouviu falar?
Tradicionalmente, a “espinheira-santa” (nome científico: Maytenus ilicifolia) apresenta diversas aplicações na clínica médica tradicional, particularmente, na dispepsia, gastrite, úlcera péptica e na constipação intestinal. Dentre suas indicações seus poderes digestivo, cicatrizantes e protetores da mucosa gástrica são os mais acentuados.
Devido aos seus benefícios, o chá de espinheira-santa pode ser indicado para os seguintes quadros clínicos:
- Má digestão;
- Azia e acidez estomacal;
- Refluxo;
- Gastrites, inclusive as causadas por Helicobacter pylori;
- Úlceras gástricas e duodenais;
- Perturbações do trato gastrointestinal;
- Enterites (inflamações do intestino);
- Flatulência;
- Mau hálito causado por distúrbios estomacais;
- Anticonceptivo, Antioxidante;
- Antisséptico;
- Antiespasmódico;
- Diurético;
- Antiasmático;
- Laxativo;
Segundo estudos:
- Após 28 dias de tratamento, pacientes que receberam espinheira- santa apresentaram melhora na sintomatologia dispéptica global em comparação ao placebo;
- Proporciona melhora nos resultados clínicos e endoscópicos.
Nosso segundo aliado: Alcachofra
As propriedades farmacológicas e o perfil terapêutico do extrato de alcachofra demonstram sua eficácia e segurança no tratamento de desordens hepatobiliares e digestivas, como perda do apetite, náusea e dor abdominal. Além disso, o extrato de alcachofra promove melhora no perfil lipídico e apresenta propriedade hepatoprotetora. Acredita-se que os flavonoides e ácidos cafeoilquínicos presentes no extrato de alcachofra sejam os responsáveis por tais propriedades.
Também incluem sua ação anti esclerótica, depurativa do sangue, digestiva, diurética, laxante, anti-reumática, anti-tóxica, hipotensora e anti-térmica.
Pois ela é composta principalmente de água e fibras, úteis para estimular o bom funcionamento dos intestinos. Destaca-se como grande fonte de minerais importantes entre os quais, sódio, potássio, fósforo e cálcio, além de ferro e cobre elementos utilizados pelo organismo na produção das células sanguíneas.
Estudos revelam:
- Melhora dos sintomas dispépticos nos pacientes tratados com alcachofra em comparação ao placebo;
- Melhora nos escores da escala de qualidade de vida dos pacientes tratados com alcachofra.
E o terceiro aliado: Gengibre
Gengibre é uma alternativa terapêutica segura e eficaz na melhora das náuseas e dos vômitos na gestação e quimioterapia, não apresentando efeitos colaterais, que ocorrem com frequência em outras opções de tratamento.
Além de ser muito indicado para emagrecimento, antioxidante, analgésico, relaxante muscular e colesterol (reduz significativamente os níveis de colesterol no sangue equilibrando os índices de LDL e HDL).
Fonte: Tua Saúde, disponível em: https://www.tuasaude.com/
Estudos apontam:
- Redução da intensidade das náuseas;
- Redução da incidência de vômitos;
- Redução significativa da êmese e melhora no quadro de desconforto abdominal.
ATENÇÃO! Como todo medicamento, existem reações e contra indicações! Consulte um médico especialista que possa acompanhar o seu caso clínico.
- A espinheira-santa pode apresentar efeitos estrogênicos e reduzir a fertilidade em mulheres
- Quem está no período de amamentação também não devem fazer uso da espinheira santa, pois estudos demonstram que pode ocorrer redução do leite materno;
- Ela também não é recomendada para crianças. Mas de maneira geral ela é saudável, benéfica para a sua saúde e emagrecimento;
- O extrato de alcachofra atua como agonista dos receptores serotonérgicos e colinérgicos presentes no intestino, responsáveis pelo peristaltismo e motilidade intestinal, tendo efeito laxativo, podendo causar gases, aumento do apetite e fraqueza;
- E o uso do gengibre deve ser com cautela em pacientes que fazem uso de anticoagulantes, hipoglicemiantes e medicamentos para hipertensão.
Dica Sempre Viva: Dê preferência para medicamentos naturais e incentive seus familiares, amigos buscando conhecer o melhor da natureza para sua saúde.
Estamos sempre à disposição, espero que vocês tenham gostado desse post!
Lembre-se sempre de consultar o seu médico, inclusive antes de tomar qualquer medicação, mesmo que seja natural.
Referências:
1. Tabach R, Oliveira WP. Evaluation of the antiulcer activity of a dry extract of Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss. produced by a jet spouted bed dryer. Pharmazie, v. 58, p. 573-576, 2003;
2. Oliveira RS, Cunha SC, Colaco W. Revisão da Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek, Celastraceae. Contribuição ao estudo das propriedades farmacológicas. Rev. bras. farmacogn. 2009, vol.19, n.2b, pp. 650-659;
3. Wegener T, Fintelmann V. Pharmacological properties and therapeutic profile of artichoke (Cynara scolymus L.). Wien Med Wochenschr. 1999;149(8-10):241- 7;
4. Holtmann G, Adam B, Haag S, Collet W, Grünewald E, Windeck T. Efficacy of artichoke leaf extract in the treatment of patients with functional dyspepsia: a six-week placebo-controlled, double-blind, multicentre trial. Aliment Pharmacol Ther. 2003
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5. Tropical plant database. Maytenus ilicifolia (espinheira santa). Raintree nutrition. Acesso em: <http://www.rain-tree.com/espinheira.htm>
6. Mason P, Dietary Supplements. Third edition, Pharmaceutical Press, 2007. Londres;
7. Departamento técnico da Farmácia Sempre Viva.