Você já ouviu falar no Ácido D-Aspártico (D-AA)? Essa substância tem ganhado destaque nos estudos sobre fertilidade, desempenho físico e equilíbrio hormonal, especialmente em homens. Neste artigo, vamos explorar o que é o Ácido D-Aspártico, como ele age no organismo, seus benefícios mais estudados e como utilizá-lo com segurança.
O que é o Ácido D-Aspártico?
O Ácido D-Aspártico é um aminoácido não essencial que ocorre naturalmente no organismo humano. Ele é encontrado principalmente no sistema nervoso central e nas glândulas endócrinas, como o hipotálamo, hipófise e testículos, participando da regulação hormonal, especialmente da produção de testosterona e hormônio luteinizante (LH).
Como o Ácido D-Aspártico atua no organismo?
De acordo com pesquisas científicas (Topo et al., 2009; D’Aniello et al., 2012), o D-AA atua como um neurotransmissor e neuromodulador, promovendo a liberação de hormônios que participam da síntese de testosterona. Essa ação ocorre principalmente através da estimulação do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal (HPG), sendo importante tanto para o desempenho sexual quanto para a fertilidade masculina.
Quais os benefícios do Ácido D-Aspártico?
1. Aumento de testosterona
Estudos demonstram que o D-AA pode elevar os níveis de testosterona livre e total, especialmente em homens com níveis mais baixos desse hormônio. A elevação pode contribuir para aumento da libido, massa muscular e disposição física.
Em um estudo publicado no Reproductive Biology and Endocrinology (2009), 23 homens receberam doses de ácido D-Aspártico e 20 homens receberam placebo durante 12 dias, desses que receberam o D-AA, 20 homens obtiveram um aumento na testosterona na média de 42%. [DOI:10.1186/1477-7827-7-120].
2. Melhora da fertilidade
O D-AA também se mostrou eficaz na melhora da qualidade do sêmen, com aumento da contagem e mobilidade dos espermatozoides, tornando-se uma opção complementar para homens com dificuldade de engravidar suas parceiras.
Segundo uma pesquisa de 2012, homens subférteis que consumiram diariamente uma dose oral de ácido D-aspártico por 2 a 3 meses melhoraram significativamente a qualidade do esperma em termos de número e mobilidade dos espermatozoides e, consequentemente, aumentaram a possibilidade de fertilizar a própria parceira.[ DOI: 10.4236/asm.2012.24008 ]
3. Desempenho físico e força
Embora os resultados ainda sejam limitados, alguns estudos sugerem que, ao modular a produção de testosterona, o ácido D-aspártico pode contribuir para o aumento da massa muscular e força, especialmente em indivíduos com deficiência hormonal.
4. Apoio à saúde endócrina
Além do papel na fertilidade, o D-AA está relacionado à neuroproteção, regulação do estresse oxidativo e modulação do sistema endócrino, podendo ser útil como suporte geral à saúde masculina.
Existe algum efeito colateral?
O uso de D-AA em doses recomendadas costuma ser bem tolerado. No entanto, seu uso prolongado ou em doses excessivas pode levar a:
- Desequilíbrio hormonal;
- Acne ou oleosidade;
- Irritabilidade ou insônia.
Por isso, o ideal é utilizá-lo com acompanhamento de um profissional da saúde e, preferencialmente, com exames laboratoriais para monitoramento.
Como tomar o Ácido D-Aspártico?
A recomendação geral varia entre 1000 mg e 3000 mg por dia, por ciclos de 4 a 12 semanas, com pausas. A dosagem de 500 mg por cápsula, como oferecida pela Farmácia Sempre Viva, permite ajustes personalizados conforme a necessidade e orientação clínica.
Para quem é indicado?
O D-AA pode ser indicado para:
- Homens com baixa testosterona;
- Casais com dificuldade de engravidar (quando a infertilidade está relacionada ao fator masculino);
- Indivíduos buscando otimização hormonal natural;
- Homens com perda de libido ou desempenho sexual reduzido;
- Praticantes de atividade física que desejam apoio anabólico natural.
Conclusão: vale a pena usar Ácido D-Aspártico?
Se você busca um aliado natural para equilíbrio hormonal, fertilidade e bem-estar masculino, o Ácido D-Aspártico pode ser uma excelente opção, especialmente quando associado a um estilo de vida saudável e acompanhamento clínico.
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Referências
Topo, E., Soricelli, A., D’Aniello, A. et al. The role and molecular mechanism of D-aspartic acid in the release and synthesis of LH and testosterone in humans and rats. Reprod Biol Endocrinol 7, 120 (2009). https://doi.org/10.1186/1477-7827-7-120
Roshanzamir, F., & Safavi, S. M. (2017). The putative effects of D-Aspartic acid on blood testosterone levels: A systematic review. International journal of reproductive biomedicine, 15(1), 1–10. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28280794/
D’Aniello, G., Ronsini, S., Notari, T., Grieco, N., Infante, V., D’Angel, N., Mascia, F., Di Fiore, M. M., Fisher, G., & D’Aniello, A. (2012). D-Aspartate, a key element for the improvement of sperm quality. Advances in Sexual Medicine, 2(4), 38–44. https://doi.org/10.4236/asm.2012.24008
Melville, G. W., Siegler, J. C., & Marshall, P. W. M. (2017). The effects of d-aspartic acid supplementation in resistance-trained men over a three month training period: A randomised controlled trial. PloS one, 12(8), e0182630. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0182630
