pílulas azul representando a diferença entre as formas de Coenzima Q10, ubiquinona x ubiquinol

Qual a diferença entre as formas de Coenzima Q10: Ubiquinona x Ubiquinol

A coenzima Q10 é uma benzoquinona essencial, solúvel em gordura, sintetizada nas membranas mitocondriais e encontrada em quase todas as células do corpo. Sua presença em quase todos os tecidos é o que deu à substância seu nome: Ubiquinona – a ‘quinona onipresente’.

A CoQ10 desempenha um papel vital no transporte de elétrons nas mitocôndrias, nossas usinas de energia, sendo o eixo da produção da energia celular. Nossas mitocôndrias como se fossem baterias, circulam estes elétrons gerando assim a energia necessária para as células. Como o nome já diz, ela também é uma “co-enzima”, que ajuda outras enzimas a funcionar corretamente.

Demonstrou-se que os níveis de CoQ10 diminuem com a idade, com doenças como diabetes e, em particular, com o uso de estatinas e em menor grau com antidepressivos como a amitriptilina. A CoQ10 também funciona como um antioxidante, inclusive com ação sobre o colesterol “ruim” LDL. Além disso, juntamente com a questão da melhor produção de energia, é também adequada para formulações em nutrição esportiva.

A molécula foi descoberta em 1957, em estudos feitos a partir do coração de boi. Quinze anos mais tarde, sua deficiência foi associada à insuficiência cardíaca congestiva, que é a incapacidade do coração bombear sangue para o restante do corpo. Nada mais óbvio, sem energia, o “motor” não consegue trabalhar direito.

Ao longo dos anos, tornou-se um dos suplementos mais populares em todo o mundo. Não é para menos, a CoQ10 continua sendo um dos suplementos mais estudados e compreendidos com um mecanismo de ação conhecido, e é uma molécula que fornece resultados consistentes, demonstrados em estudos.

Afinal qual a diferença entre a Ubiquinona (oxidada) x Ubiquinol (reduzida): as duas formas de Coenzima Q10 encontradas nos suplementos

Por mais de 30 anos, as pessoas fizeram uso de suplementos de Coq10 na forma oxidada – Ubiquinona.

Quando o Ubiquinol – a forma reduzida de Coenzima Q10 foi introduzida no mercado em 2006, os fabricantes alegaram que era a forma mais bioativa e preferida de CoQ10, pois 90-95% do corpo total de CoQ10 estava na forma de ubiquinol.

CoQ10 é uma molécula que pode alternar facilmente entre suas formas oxidada (Ubiquinona) e reduzida (Ubiquinol). A diferença está na presença ou ausência de dois elétrons.

Estudos destes fabricantes, sobretudo a japonesa Kaneka, afirmaram que a absorção pelo organismo (biodisponibilidade) do Ubiquinol foi 300% superior se comparado às formas oxidadas (ubiquinona) de CoQ10.

As informações fornecidas aos consumidores levaram a um sentimento ou entendimento geral de que a forma oxidada que estava no mercado há três décadas era um composto inferior e não o produto da forma preferida pelo corpo – e, portanto, os consumidores deveriam considerar a mudança para a nova forma reduzida e forma de produto “bioativo”.

Biodisponibilidade da Coenzima Q10: Ubiquinona x Ubiquinol

É consenso que a absorção da Coenzima Q10 é o grande gargalo da Coenzima Q10. É sempre importante e necessário fazer uso de suplementos de Coenzima Q10 após uma refeição que contenha gordura ou mesmo junto com uma solução oleosa como óleo de semente de abóbora, azeite de oliva ou ômega 3. Sem a adição de uma molécula transportadora de lipídios para facilitar a absorção de CoQ10, suas moléculas são pouco absorvidas.

No entanto, não há consenso na comunidade científica que o Ubiquinol tem melhor absorção que a Ubiquinona.

Sabe-se há duas décadas que a biodisponibilidade da CoQ10 cristalina pura é menor do que a de lipossomas, micelas e produtos de CoQ10 dissolvidos em soluções lipídicas. A questão comercial e científica atual é a biodisponibilidade da forma Ubiquinol em comparação com a forma Ubiquinona de CoQ10.

Há uma hipótese que afirma que os dois grupos hidroxila no composto Ubiquinol resultam em sua ligação mais forte com a água e ajudam a explicar por que ela é mais biodisponível que a Ubiquinona. Esta ligação torna o Ubiquinol ligeiramente mais solúvel em água do que a Ubiquinona e assim com maior capacidade de ser absorvido. No entanto, a natureza da molécula ainda é lipofílica e ainda precisamos de lipídios (gordura / óleo) para ser melhor absorvida.

A Kaneka afirma que seu Ubiquinol tem absorção e biodisponibilidade significativamente maiores do que a Ubiquinona, tornando-o a melhor escolha para pessoas mais idosas, e/ou com inflamação crônica ou trato digestivo inflamado.

De fato, pesquisas observaram uma porcentagem relativamente maior de Ubiquinona (molécula oxidada) em pessoas mais velhas, diminuindo o Ubiquinol (forma reduzida) com o passar dos anos. Isso pode indicar aumento do estresse oxidativo e maior necessidade de proteção antioxidante.

O Ubiquinol é mais caro que a Ubiquinona. Para o Dr. Stephen Sinatra, cardiologista integrativo que dirige o New England Heart Center em Manchester (Inglaterra), de acordo com suas observações clínicas, ele ainda não está convencido de que a forma reduzida é realmente superior e vale o custo adicional.

Conclusão: Assumindo que um indivíduo pode converter eficientemente a forma oxidada para a forma reduzida, tanto o Ubiquinol quanto a Ubiquinona devem fornecer efeitos antioxidantes e metabólicos equivalentes. Mas se o indivíduo tem comorbidades, várias inflamações (sobretudo no trato intestinal) vale a pena o investimento na forma reduzida de Coenzima Q10 – o Ubiquinol.

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Referências:

Miles, M. V., Horn, P. S., Tang, P. H., Morrison, J. A., Miles, L., DeGrauw, T., & Pesce, A. J. (2004). Age-related changes in plasma coenzyme Q10 concentrations and redox state in apparently healthy children and adults. Clinica chimica acta; international journal of clinical chemistry, 347(1-2), 139–144. https://doi.org/10.1016/j.cccn.2004.04.003

Chopra, R. K., Goldman, R., Sinatra, S. T., & Bhagavan, H. N. (1998). Relative bioavailability of coenzyme Q10 formulations in human subjects. International journal for vitamin and nutrition research. Internationale Zeitschrift fur Vitamin- und Ernahrungsforschung. Journal international de vitaminologie et de nutrition, 68(2), 109–113.

Mortensen, S. A., Rosenfeldt, F., Kumar, A., Dolliner, P., Filipiak, K. J., Pella, D., Alehagen, U., Steurer, G., Littarru, G. P., & Q-SYMBIO Study Investigators (2014). The effect of coenzyme Q10 on morbidity and mortality in chronic heart failure: results from Q-SYMBIO: a randomized double-blind trial. JACC. Heart failure, 2(6), 641–649. https://doi.org/10.1016/j.jchf.2014.06.008

Vivian Costa
Vivian Costa

Olá, sou a Vivian Costa, Farmacêutica, apaixonada por saúde preventiva, antienvelhecimento e beleza, com foco para minha Farmácia de Manipulação; a Sempre Viva. Estou sempre atenta às novidades, adoro desenvolver novas fórmulas e vou compartilhar um pouco de tudo com vocês. Veja um pouco da minha trajetória em: http://blog.farmaciasempreviva.com.br/curriculo/

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