Trazemos mais um estudo que comprova a alteração positiva na microbiota intestinal e portanto a eficácia em pessoas com SII que fazem a dieta low FODMAPs, confira!
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Estudos sugerem que existe alteração na microbiota intestinal em pessoas com SII (Síndrome do Intestino Irritável), se comparada a outras pessoas que não tem SII diagnosticado.
Outra questão já consolidada por estudos é que dietas que evitam oligossacarídeos fermentáveis, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis – FODMAPs, têm demonstrado eficácia na redução dos sintomas de SII.
Sabemos que a dieta com baixo teor de FODMAP é um desafio para muitos pacientes seguirem, frequentemente exigindo mais tempo de preparação das refeições, adaptação de receitas e menos opções de alimentos de conveniência. Suas consequências de longo prazo para a saúde são desconhecidas. Assim, há uma necessidade reconhecida de entender melhor como as dietas com baixo FODMAP funcionam, e idealmente identificar biomarcadores que predizem a resposta, ou seja:
É possível determinar com certeza se determinada pessoa precisa da dieta Low FODMAP?
O objetivo do estudo apresentado aqui, conduzido por pesquisadores do The Wellcome Sanger Institute, Reino Unido, foi identificar um biomarcador de resposta à dieta com baixo FODMAP e obter informações sobre as alterações microbianas subjacentes ao sucesso do tratamento usando análise metagenômica e funcional de alta resolução de indivíduos com SII e controles domiciliares antes e durante uma dieta baixa em FODMAP.
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O estudo
Neste estudo foram recrutados pacientes adultos (idades entre 18 a 68 anos) que atendiam os critérios do Roma IV para Síndrome do Intestino Irritável, com padrão do tipo misto (constipação e diarreia) ou predominantemente com padrão de diarreia. Neste ponto vale explicarmos melhor o que é o critério Roma IV?
Roma IV é o nome do critério oficial para diagnóstico da síndrome do intestino irritável.
Uso em pacientes com sintomas sugestivos de síndrome do intestino irritável (SII), como dor abdominal crônica e recorrente e / ou hábitos intestinais alterados por pelo menos 6 meses.
Pacientes com qualquer uma das seguintes características devem ser avaliados clinicamente, por um médico:
- Sinais ou sintomas de sangramento gastrointestinal;
- Anemia por deficiência de ferro inexplicada;
- Perda de peso não intencional;
- Massa abdominal palpável ou linfadenopatia ao exame;
- História familiar de câncer de cólon e sem rastreamento apropriado para a idade do câncer de cólon;
- Início súbito ou agudo de nova alteração do hábito intestinal.
Voltando ao nosso estudo, os participantes recrutados receberam 3 visitas supervisionadas por dois nutricionistas em gastroenterologia treinados e experientes na administração de dieta com baixo FODMAP.
Diários alimentares de sete dias (documentando a ingestão alimentar da semana anterior) foram coletados de todos os participantes e os escores de gravidade dos sintomas capturados usando o Sistema de Pontuação de Gravidade para SII.
Os participantes e seus controles domiciliares foram solicitados a fornecer uma amostra de fezes na visita 1, enquanto seguiam sua dieta normal. Após 4 semanas com uma dieta baixa em FODMAP (na visita 2) e por fim em 12 semanas após a realização de ajustes observados com os alimentos que mais causavam desconforto gastrointestinal.
As amostras de fezes foram submetidas ao sequenciamento metagenômico shotgun, ou seja, a identificação de todos os genes de toda a comunidade microbiana.
Resultados
Foram identificados dois subtipos de microbiota – IBS P (semelhante a patogênicos) e IBS H (semelhante à saúde).
Microbiomas IBS P (patogênicos) foram enriquecidos em Firmicutes e genes para o metabolismo de aminoácidos e carboidratos, mas esgotados em espécies de Bacteroidetes.
Já os microbiomas IBS H (saudáveis) eram semelhantes ao grupo controle. Na dieta com baixo FODMAP, o IBS H e a microbiota de controle não foram afetados, mas o IBS P (patogênico) mudou o microbioma com aumento em Bacteroidetes, diminuição nas espécies Firmicutes e normalização de genes metabólicos primários.
Outra conclusão importante é que indivíduos com microbiota patogênica (IBS P) tiveram maior resposta clínica à dieta com baixo FODMAP, se comparado aos indivíduos que já eram considerados saudáveis (IBS H).
Os autores observam que as limitações deste estudo incluem o tamanho limitado da amostra e o fato de que as informações dietéticas foram limitadas à última semana da fase de intervenção da dieta com baixo FODMAP.
“Nossas descobertas de aglomerados SII distintas com base no microbioma perfis, a mudança na dieta FODMAP baixa e as respostas clínicas, devem ser validados em outras populações de diferentes distribuições geográficas e expostos a diferentes hábitos alimentares.”
“A identificação de um ‘biomarcador’ de assinatura microbiana que se correlaciona com uma resposta melhorada a uma dieta baixa em FODMAP pode, se validada, permitir uma melhor estratificação e seleção de pacientes que provavelmente se beneficiarão da dieta. Em indivíduos IBSP, há a perspectiva de considerar terapêutico estratégias que manipulam a microbiota na mesma direção e alcançar a mesma melhora sintomática, mas sem a necessidade de passar pelas mesmas restrições alimentares rigorosas.”
“Além disso, um estudo mais próximo dos micróbios envolvidos pode dar a oportunidade de entender melhor a interação entre dieta, microbiota, metabólitos e o eixo intestino-cérebro humano que leva ao desenvolvimento de sintomas de SII em mais de 10% da população mundial.”
Suplementos para o sucesso de uma dieta Low FODMAP
Em parceria com o maior especialista no Brasil em dieta com baixo índice de FODMAP, Dr. Márcio André, nós criamos um protocolo para ajudar neste período:
PROTOCOLO LOW FODMAP DR. MÁRCIO ANDRÉ
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Este protocolo conta com os principais CHÁS (hortelã, guaçatonga, alcaçuz, alecrim, gengibre) que irão ajudar no processo digestivo, além de terem ação anti inflamatória nos intestinos; o ALOE VERA rica em antioxidantes e protetora da mucosa intestinal; as cápsulas de BETAÍNA+PEPSINA que irão equilibrar o pH ideal para o processo digestivo normal; e as cápsulas de ENZIMAS DIGESTIVAS, que ajudarão no processo digestivo, melhorando a absorção de importantes nutrientes.
Referência:
Vervier, K., Moss, S., Kumar, N., Adoum, A., Barne, M., Browne, H., Kaser, A., Kiely, C. J., Neville, B. A., Powell, N., Raine, T., Stares, M. D., Zhu, A., De La Revilla Negro, J., Lawley, T. D., & Parkes, M. (2021). Two microbiota subtypes identified in irritable bowel syndrome with distinct responses to the low FODMAP diet. Gut, gutjnl-2021-325177. Advance online publication. https://doi.org/10.1136/gutjnl-2021-325177