O interesse pela dieta Paleo, concebida através da alimentação dos “homens das cavernas” (Período Paleolítico) aumentou constantemente entre as pessoas fitness e às que procuram melhores hábitos de saúde.
A dieta prega a alimentação com:
- carne magra
- frutas
- vegetais
Porém a dieta exclui produtos:
- lácteos,
- batatas,
- legumes e
- cereais (como arroz, feijão, milho).
Para seus seguidores há inúmeras vantagens em se alimentar como nossos ancestrais, pois a dieta é considerada LCHF (Low Carb High Fat), isso quer dizer que ao reduzir a ingestão diária de carboidratos, seu corpo utilizará as gorduras como fonte principal de energia.
No entanto, um novo estudo conduzido por pesquisadores das Universidades suecas de Gotemburgo e Umeå apontaram uma potencial deficiência do iodo nas pessoas que seguem a dieta Paleo. A pesquisa foi publicada no European Journal of Clinical Nutrition. E segundo os pesquisadores a deficiência pode ser ligada a não utilização do sal de mesa iodado e de produtos lácteos, alimentos não recomendados para a dieta Paleo.
Detalhes do estudo
Os pesquisadores recrutaram 70 mulheres obesas pós-menopausa para participar do estudo, que teve a duração de dois anos. As mulheres foram aleatoriamente designadas para consumir dieta paleo ou dieta de acordo com as Recomendações Nórdicas de Nutrição, algo como o nosso Guia Alimentar para a População Brasileira, porém adequado à população dos países nórdica.
No início do estudo, ambos os grupos apresentação níveis semelhantes de Iodo no organismo, medido através da excreção urinária.
No entanto, no decorrer das medições, verificou-se uma diminuição no nível de Iodo no grupo que se alimentava de acordo com a dieta Paleo.
O estudo foi o primeiro que demonstrou que o uso prolongado da dieta Paleo está associado ao desenvolvimento de deficiência leve de iodo. Já o grupo que se alimentava com a outra dieta não houve esta deficiência.
Vale ressaltar que ambos os grupos tiveram melhora na perda de peso e de saúde, pois as dietas recomendam ingestão reduzida de carboidratos, maiores ingestão de proteína e de gorduras monoinsaturada – com aumento da ingestão de ômega 3.
Riscos da Deficiência de Iodo
O iodo é utilizado na síntese de hormônios produzidos em nossa tireoide. Estes hormônios agem no crescimento físico, neurológico, auxiliam em nossa disposição e na manutenção de calor corpóreo. Agem diretamente no bom funcionamento de vários órgãos como coração, fígado, rins e ovários.
São muito importantes para o funcionamento de vários órgãos como:
- coração,
- fígado,
- rins,
- ovários e outros.
A deficiência mais famosa conhecida pela baixa ingestão de iodo é o bócio – crescimento anormal da tireoide, que precisou trabalhar além do necessário.
Deficiência de Iodo relacionadas à Dieta Paleo
Algumas pessoas que aderiram a Dieta Paleo relatam que se sentem muito bem durante os 8 e 12 primeiros meses, depois esmorecem. Sentem-se fracas, com mal-estar, um pouco deprimidas, com fome constante e algumas acabam desistindo da dieta.
Há uma hipótese (que precisa ser investigada cientificamente) que a eliminação de alimentos processados com alto teor de sódio e sal iodado inicia o processo em que contribui para a baixa na produção do hormônio tireoidiano e isso tudo a ver com a pouca energia. Apesar dos alimentos processados serem uma dieta extremamente pobre em micro-ingredientes, eles possuem grandes taxas de iodo adicionado ao cloreto de sódio(sal).
Para ter certeza que o iodo está fazendo falta em seu organismo, exames de análise da urina são necessários. Dr. Michael Eades sugere a realização de um experimento – tomar uma dose de iodo (50mg) e no decorrer das próximas 24 horas, monitorar o nível de excreção de iodo na produção urinária. Caso você excretar a maior parte, digamos que 90% de 50mg – os níveis de iodo estão adequados em seu organismo e você não precisa suplementar. Caso excretar muito pouco iodo, isso é uma indicação de uma deficiência de iodo que seu corpo está tentando corrigir e a suplementação é necessária!
Opções de se nutrir de Iodo – fontes naturais e a suplementação com Lugol
Para adquirir iodo em sua alimentação coma algas marinhas e outras fontes naturais como peixes de água salgada, ovos, e carnes bovina, proveniente de animais que tenham pastado em solos ricos em iodo ou tenham recebido suplementação do mesmo.
O problema é que muitos alimentos ricos em iodo são mais difíceis de serem consumidos em certas regiões, como as algas marinhas e os peixes de água salgada. É sabido também que as terras agrícolas estão cada vez mais deficientes em iodo, o que acarreta níveis reduzidos de iodo nos alimentos.
A solução para suplementação de iodo é o Lugol, trata-se do suplemento mais clássico e indicado contra a deficiência de Iodo.
O Lugol contém Iodo Metalóide e Iodeto de Potássio. A suplementação com Lugol proporciona:
- Melhora imunidade;
- Maior energia para o dia-a-dia;
- Melhora o metabolismo, já que melhora a produção de hormônios;
- Controle na síntese de estrogênio (hormônio feminino) nos ovários;
- Previne hipotireoidismo (baixa ou nenhuma produção de hormônios) e hipertireoidismo (produção excessiva de hormônios);
- Consequentemente repõem a carência de iodo no organismo.
Conclusão
Não há como afirmar que pessoas que se alimentam através da dieta paleo no Brasil também têm níveis baixos de iodo, pois podemos obter iodo de várias formas (inclusive com alimentos que são permitidos na dieta paleo) como peixes de água salgada, ovos e carne bovina proveniente de animais que tenham pastado em solos ricos em iodo ou tenham recebido suplementação do mesmo. Somente pesquisas científicas podem afirmar que pessoas que fazem dieta paleo no Brasil tem baixos índices de iodo.
É importante deixar claro, cada dieta tem sua limitação e que o acompanhamento nutricional e exames periódicos são fundamentais.
A suplementação com Lugol se mostra extremamente efetiva no quadro de deficiência de Iodo, e sua consequências como pouca disposição no dia-a-dia e a baixa imunidade. Conheça mais, você encontra o Lugol na Sempre Viva.
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Fontes:
European Journal of Clinical Nutrition
“A paleolítica do tipo de dieta resulta em deficiência de iodo: estudo de 2 anos em mulheres obesas na pós-menopausa”
Autores: S. Manousou et al.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/68def_iodo.html